​Tornar as cidades mais inclusivas e alcançar a igualdade de gênero, em sintonia com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, significa satisfazer necessidades básicas, independentemente de diferenças culturais, de gênero, raça, idade, status econômico ou social. Mas, por razões estruturais da nossa sociedade, as mulheres, em particular, enfrentam grandes dificuldades para usufruir das oportunidades oferecidas no meio urbano de forma igualitária e segura. As desigualdades são produzidas de muitas maneiras no país. Para compreender essas condições é preciso olhar para o universo das mulheres de forma criteriosa, e, sobretudo, com uma lente ampliada para aquelas em situação de vulnerabilidade.

 

Construir um espaço sem gênero e sem hierarquia requer entender as distintas maneiras de enunciar a realidade e tornar visíveis as diferenças, valorizando a experiência real do outro. Logo, assumimos que voltar a atenção para as práticas comunitárias pode fornecer conhecimentos específicos sobre as experiências e as necessidades/dificuldades vivenciadas pelas mulheres no ambiente urbano, e assim possibilitar a construção coletiva de novas lógicas de direito à cidade e de compreensão das mulheres como pessoas que realizam todo tipo de atividade.

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Assim, a fim de desenvolver novas metodologias e processos de empoderamento, adaptados ao contexto local, que reconheçam, fortaleçam e divulguem práticas comunitárias cotidianas estabelecidas, a universidade atuará como instrumentalizadora na Vila Torres (Curitiba) e na Comunidade Favorita (Araucária). O projeto engloba, de maneira indissociada, atividades de pesquisa e extensão.

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Para tanto, temos como objetivos específicos:
1. Mapear lideranças, representantes e potenciais participantes em comunidades vulneráveis da Região Metropolitana de Curitiba;
2. Fortalecer a autonomia do público jovem frente aos desafios socioambientais e barreiras de acesso à cidade, incentivando a participação de jovens mulheres;
3. Inventariar os saberes locais, materializado nas práticas comunitárias cotidianas, com especial atenção às particularidades interseccionais destas mulheres;
4. Realizar oficinas temáticas de capacitação em: (i) tecnologias de informação/digitais; (ii) cartografia social; (iii) liderança/participação social; e (iv) educação ambiental e gestão de riscos;
5. Fomentar o estabelecimento de redes de trocas de experiências e colaboração intercomunitárias;
6. Conceber de forma colaborativa um canal de informações e divulgação em rede (ou outro artefato a ser definido) das práticas comunitárias; e
7. Elaborar uma cartilha, contendo a agenda futura da comunidade, com vistas a avançar na compreensão e construção do direito à cidade

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Este projeto é vinculado ao PPGTU - Programa de Pós Graduação em Gestão Urbana da PUCPR com financiamento da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná.

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Integrantes: Geisa Bugs, Danielle Paula Martins, Luciene Pimentel, Agnes Silva de Araújo, Rodrigo Firmino, Paulo Nascimento Neto, Juliana Marques, Eloisa Parteka, Phamela Alves, Kátia Ferreira de Oliveira, e Laís Rocha Leão.

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Informações/contato através do email fazercomum@hotmail.com

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